Naquele tempo, 60 muitos dos discípulos de Jesus que O escutaram disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62 E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63 O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64 Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-Lo. 65 E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a Mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66 A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com Ele. 67 Então, Jesus disse aos Doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69 Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus”.
(Jo 6, 60-69)
I – Deus não quer corações divididos
A vida espiritual de todo batizado, seja sacerdote, religioso ou leigo, passa por um momento decisivo em que Deus concede à alma graças especiais para rejeitar de modo categórico o mal e entregar-se a Ele definitivamente, sem possibilidade de volta atrás.
Tal é a situação retratada na primeira leitura deste domingo (Js 24, 1-2.15-18), na qual vemos Josué reunir em Siquém as tribos de Israel e apresentar-lhes esta proposta: “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais” (24, 15).
O líder de Israel assim procedeu por perceber a ocasião próxima de pecado na qual se encontraria o povo uma vez instalado na Terra Prometida. No contato com os pagãos que ali restavam, a tendência seria de mesclar a idolatria com a Religião verdadeira, praticando esta às meias e, ao mesmo tempo, buscando beneficiar-se daquela. Lembremos que, ainda na travessia do deserto, enquanto Moisés recebia no alto do Sinai as tábuas da Lei, os israelitas erigiram como deus um bezerro de metal fundido, ao qual construíram um altar e ofereceram sacrifícios (cf. Ex 32, 1-6).
Ora, o Altíssimo não Se compraz com corações divididos; Ele é um Deus ciumento, zeloso de um culto íntegro para Si. E por isso Josué, conhecedor das fraquezas de seus compatriotas e muito bom didata, apresenta o problema de maneira a incitá-los desde logo a firmar-se na adoração ao único Deus. Eles então se tomam de brios e manifestam sua repulsa à idolatria, declarando: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir a deuses estranhos” (24, 16).
A deliberação de pôr-se totalmente nas mãos de Deus, prometendo-Lhe fidelidade, sela uma aliança entre a alma e o Criador semelhante a um desponsório místico. As palavras de São Paulo aos efésios contempladas na segunda leitura (Ef 5, 21-32) nos permitem compreender melhor essa realidade.
Embora em sentido literal elas se apliquem à união do homem com a mulher pelo Sacramento do Matrimônio, a Igreja as encaixa na Liturgia de hoje como uma referência ao vínculo indissolúvel existente entre cada fiel e Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual exige de nossa parte uma adesão integral a Ele, submissão à sua vontade e reciprocidade no amor.
A definição imposta por Josué ao povo eleito repete-se de forma suave, porém, mais cheia de substância, no Evangelho. Após trabalhar os Apóstolos, os discípulos e a Opinião Pública por meio de milagres, pregações e, sobretudo, graças de fé, o Salvador os convida a dar um passo decisivo para se tornarem membros de seu Corpo Místico, a Santa Igreja, que em breve Ele fundará.
II – A fé: virtude imprescindível para a alma se definir pelo bem
Encontrava-Se o Divino Mestre ensinando na sinagoga de Cafarnaum, no dia seguinte à primeira multiplicação dos pães. Naquela noite, Ele havia caminhado sobre as águas do Mar de Tiberíades, à vista dos discípulos atemorizados, e feito também São Pedro andar sobre elas, salvando-o de afundar-se quando duvidou (cf. Mt 14, 24-33).
O público ali presente compunha-se, em boa parte, da multidão que se beneficiara dos pães na véspera. Conforme o próprio Jesus observa, eles O procuraram não por causa do milagre, mas pelo desejo de provar mais uma vez do delicioso alimento (cf. Jo 6, 26); por isso, Nosso Senhor os admoesta: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará” (Jo 6, 27).
É nesse contexto que o Salvador anuncia o mistério da Eucaristia, grande novidade cuja instituição até aquele momento ninguém sequer cogitava, à exceção de Maria Santíssima. Ela, sim, conhecia bem esse maravilhoso Sacramento e estava ávida por recebê-lo, como transparece no episódio das bodas de Caná (cf. Jo 2, 3-5).
Conforme o Autor teve oportunidade de analisar, ao comunicar a falta de vinho a seu Filho, Nossa Senhora almejava que Ele aproveitasse a circunstância não somente para converter a água na melhor bebida da festa, mas para operar, já ali, o milagre da transubstanciação, dando a beber o seu Preciosíssimo Sangue velado sob a espécie do fruto da vide.
São João recolheu com cuidado, carinho e precisão tudo quanto Jesus disse nesse discurso sobre o Pão da Vida e, ao registrá-lo, fez questão de indicar a reação dos presentes: primeiramente, a murmuração (cf. Jo 6, 41); mais adiante, a indignação, a ponto de se levantar uma discussão entre eles (cf. Jo 6, 52).
De fato, aquelas extraordinárias declarações de Nosso Senhor soavam absurdas se tomadas no sentido estrito dos termos; algumas até chocantes e violentas, como esta, por exemplo, que pareceria incentivar a prática pagã de sacrifícios humanos: “Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha Carne é verdadeiramente uma comida, e o meu Sangue, verdadeiramente uma bebida” (Jo 6, 54-55).
Entretanto, não devemos nos esquecer de que Deus sempre concede os auxílios sobrenaturais necessários para passarmos bem pelas provas às quais nos submete. Assim, a celeuma provocada pelas palavras de Jesus apenas pôs de manifesto a atitude interior de rejeição à graça tomada por aqueles murmuradores.
Quando Nosso Senhor concluiu a pregação, houve um novo burburinho de descontentamento. Desta vez não provinha do público comum, o qual talvez já tivesse se retirado do recinto como sinal de desaprovação à doutrina exposta.
É a essa altura do texto de São João que se inicia o Evangelho de hoje.
Quanto maior o dom, maior deve ser a fé
Naquele tempo, 60 muitos dos discípulos de Jesus que O escutaram disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”
Além do Colégio Apostólico, vários discípulos acompanhavam Nosso Senhor no dia a dia, inclusive nas viagens de evangelização. Ao que tudo indica, tratava-se de antigos seguidores de São João Batista, os quais decerto haviam recebido do Precursor a adequada instrução a respeito do Messias. Admitidos à escola do Divino Mestre, vinham sendo por Ele formados num convívio de maior proximidade que o povo em geral, tendo já testemunhado inúmeros milagres.
Devido a tais prerrogativas, bastava a esses discípulos um pouco de boa vontade para não se sentirem arranhados com a pregação. Se aceitassem com docilidade as graças distribuídas por Jesus ainda enquanto lhes falava, tudo se esclareceria. Entretanto, eles colocaram obstáculos…
A Eucaristia seria, de longe, um dom muito superior aos prodígios já realizados por Nosso Senhor, mas exigiria também uma fé mais robusta pois, ao contrário dos milagres passíveis de comprovação pelos sentidos humanos, sob as aparências de substâncias simples como o pão e o vinho estariam realmente presentes o Corpo, Sangue, Alma e Divindade d’Ele. Algo bem diferente, portanto, da cura de um aleijado ou da ressurreição de um morto.
Contudo, se aqueles discípulos fossem generosos, entreveriam algo sublime por trás de tudo quanto Jesus dizia, mesmo sem entender; sua fé se consolidaria e experimentariam a alegria própria às almas radicadas no bem. Como, pelo contrário, eles preferiram o egoísmo, acabaram por se fechar à graça e começaram a reclamar.
Quantas vezes ao longo da História os homens assim reagem ante as grandes revelações e ofertas de Deus!
Jesus desafia os objetantes
61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62 E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes?”
Nosso Senhor interpela os objetantes levantando um tema ainda mais ousado que o anterior. Se a Eucaristia os havia escandalizado, o que terão pensado ao ouvi-Lo afirmar que era Deus, o Filho do Homem descido do Céu?
Com efeito, eles nada entenderam a respeito da Eucaristia porque lhes faltava a luz da fé, sem a qual é impossível à inteligência humana aceitar as verdades sobrenaturais. Assim, as dificuldades apresentadas em face do mistério eucarístico se repetiriam de modo talvez mais agudo perante os fatos que encerrariam a vida terrena de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade encarnada.
O versículo 62 aplica-se a duas circunstâncias na História: uma já se deu, quando Cristo Se elevou aos Céus quarenta dias após a Ressurreição; a outra se verificará no fim do mundo, depois do Juízo Universal, ocasião em que os justos ainda vivos na terra também subirão ao encontro d’Ele nos ares (cf. I Tes 4, 17). Que escândalo para os condenados, afastados do Redentor para sempre, vê-Lo ascender glorioso junto com todos os Bem-Aventurados!
“A carne não adianta nada”
63 “O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida”.
Desejoso de ajudar aqueles homens cuja inteligência não era preguiçosa nem apoucada, mas blindada contra a fé, Jesus acrescenta essas frases um tanto enigmáticas.
Convém observar que a palavra “carne” neste versículo não se refere à impureza ou falta de castidade, mas à tendência de considerar todas as coisas por um prisma meramente humano. Com efeito, nos assuntos relativos à vida sobrenatural, o juízo naturalista “não adianta nada”. O Espírito é quem nos dá a visão verdadeira: “Deus existe, Ele me criou, me sustenta no ser, me redimiu e está à minha disposição para perdoar meus pecados!”
Considerada sob outro aspecto, essa admoestação encerra um valioso ensinamento teológico. Em Jesus há duas naturezas, a divina e a humana. Esta, criada e contingente; aquela, eterna e necessária. Se a carne d’Ele não estivesse hipostaticamente unida à divindade, “não adiantaria nada”, ou seja, não poderia ser oferecida como alimento nosso na Comunhão.
Colhemos, ainda, uma importante lição espiritual dessa passagem, se a analisarmos de uma perspectiva diferente: quando alguém se encontra em pecado mortal, não deve receber a Eucaristia pois, além de cometer um sacrilégio, tal ato de nada lhe adiantaria para restituir à alma a vida sobrenatural.
Falta de fé e traição
64 “Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-Lo.
Com o intuito de ressaltar a divindade do Salvador, o Evangelista indica que Jesus conhecia “desde o início” – ou seja, não só a partir do momento em que chamou seus primeiros seguidores, mas desde toda a eternidade – os que não acreditavam e quem seria o traidor. Estabelece, assim, uma relação entre a falta de fé e a traição, levando-nos a perceber quão fundamental é essa virtude para nós, batizados, chamados também a nos tornarmos discípulos de Jesus.
À Santa Igreja, com sua doutrina perene e seus Sacramentos; ao Céu, ao inferno e ao Juízo; à intercessão dos padroeiros celestes, à proteção de Nossa Senhora e ao poder do Rosário; às palavras do sacerdote ao celebrar a Missa; a tudo isso deve se aplicar a nossa fé, dom divino tão potente que, quando atinge o tamanho de um grão de mostarda, move montanhas! Trata-se, ademais, do elemento que nos dá segurança, fortaleza e prontidão para executar qualquer trabalho pela glória de Deus. Com a fé, tudo é possível!
Se não quisermos ser contados entre aqueles “que não creem” e, pior ainda, figurar ao lado de Judas, comecemos por valorizar essa virtude, jamais nos deixando abater pelos dramas e dificuldades da vida.
65 E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a Mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”.
Todos nós, batizados, cremos em Nosso Senhor Jesus não por uma iniciativa nossa, mas por uma graça concedida pelo Pai. Por mais cultura, esforço e boa vontade que alguém tenha, sem a graça jamais conseguirá arrancar de si um ato de fé no Homem-Deus e, muito menos, entregar-se a Ele, amá-Lo e compreendê-Lo.
O Pai quer conferir esse dom a todos os homens, sem exceção; porém, mesmo entre os que Ele já atraiu ao Filho, há quem prefira o próprio egoísmo, terminando na apostasia e, quiçá, na traição.
Quem faz a vontade de Deus nunca fracassa
66 A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com Ele.
Dir-se-ia que este versículo registra um fracasso de Nosso Senhor. Basta ler o capítulo 6 de São João para constatar como Ele havia Se empenhado em preparar as pessoas para essa revelação extraordinária: multiplicou os pães, caminhou sobre as águas e, finalmente, fez uma estupenda exposição na sinagoga. Não obstante, na hora de colher os frutos de tanto apostolado, perdeu uma série de seguidores…
Ora, tudo o que acontece com Nosso Senhor Jesus Cristo – inclusive um singelo piscar de olhos! – é a realização da vontade divina, e esta jamais será um fracasso. De modo análogo, tudo quanto sucede com os justos está nos planos de Deus e deve ser aceito com plena resignação; ainda que nossos melhores anseios pareçam frustrados, ao lado d’Ele sempre alcançaremos o bom sucesso.
No momento em que um desastre se abate sobre nós, não entendemos por que Deus age assim conosco, como talvez os Apóstolos não compreendessem a razão pela qual o Mestre procedia daquela forma. Eis o princípio teológico que deve nos guiar em tais situações: se Ele fez, é o mais perfeito. Inclusive quando nos parece que tudo deu errado, saibamos que esse revés trará como consequência um brilho ainda maior ao plano de Deus em relação ao conjunto da História.
Jesus incita os Apóstolos a se definirem
67 Então, Jesus disse aos Doze: “Vós também vos quereis ir embora?”
Devido ao instinto de sociabilidade, o homem sente a necessidade de se apoiar em seus semelhantes, relacionando-se com eles e estabelecendo amizades. Era o que se verificava no círculo dos seguidores de Jesus, entre os Apóstolos e os discípulos. Por isso, a deserção destes últimos criou um vácuo psicológico nos Doze, deixando-os inseguros.
É então que Nosso Senhor, mostrando uma radicalidade própria a espantar os relativistas de nossos dias, em vez de dissimular a verdade que acabara de revelar para não provocar novas defecções, exige uma definição da parte dos Apóstolos, quase os forçando a fazer uma confissão de fé: “Todos foram embora. E vós? A fé que Eu vos dei é firme a ponto de aderirem a Mim de forma integral, ou preferis acompanhar os outros, levados pelo unanimismo? Quereis ser como eles, ou quereis seguir-Me?”
São Pedro sustenta a perseverança de todos
68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69 Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus”.
A atitude de São Pedro foi perfeita. Com sua característica prontidão em falar, ele dirigiu ao Mestre palavras de radicalidade e intransigência que arrebataram os Apóstolos, dissipando-lhes qualquer insegurança e reavivando o fervor primeiro em relação a Jesus: “Senhor, o caminho para a santidade e para a felicidade sois Vós, e não há outro!”
Vemos estampado nessa passagem um interessante fenômeno da vida em sociedade: há pessoas que influenciam para a virtude, servindo de amparo para as demais seguirem o bom caminho; e há também elementos maus, que fazem o papel de demônio junto aos outros. O convívio humano é como uma escada rolante permanente: ou eleva as almas para Deus ou as arrasta ao pecado.
Animados pela voz de São Pedro, os Apóstolos não se deixaram abalar por aqueles que haviam abandonado Nosso Senhor, e permaneceram com Ele. Tal é a força das “palavras de vida eterna”, acatadas pelo futuro Chefe da Igreja com plena convicção. Palavras que penetram os corações, convertem e transformam; palavras que incutem medo, coragem e entusiasmo; palavras que dão a quem as segue a firmeza na fé.
III – Uma aliança indissolúvel com Jesus
A Liturgia deste 21º Domingo do Tempo Comum nos convoca a aderirmos totalmente a Nosso Senhor Jesus Cristo e crescermos na devoção à Eucaristia, fonte de toda paz, toda alegria e todo consolo, como canta o Salmo Responsorial: “Provai e vede quão suave é o Senhor!” (33, 9). De tanta suavidade Ele Se reveste que, com uma das mãos, deposita sobre nós o jugo da lei, contrária às nossas más inclinações, e com a outra nos sustenta e nos eleva!
Nosso Senhor quer nos fazer perfeitos como o Pai Celeste (cf. Mt 5, 48) e, para isso, pede que Lhe sejamos submissos como a esposa ao seu marido, conforme afirma São Paulo na segunda leitura de hoje (cf. Ef 5, 22). Mais do que seguidores, devemos ser escravos d’Ele, abandonados em suas mãos e dispostos a fazer sua vontade em tudo.
Lembremos que a integridade na união com Deus é o único caminho para a felicidade. O pecado não constitui uma via alternativa e, sim, um equívoco: sempre que alguém escolhe veredas contrárias à virtude, cedo ou tarde percebe estar num “beco sem saída” que conduz ao desespero e à aflição, ou, pior ainda, que oferece um atalho para a eterna infelicidade.Aproveitemos esta Liturgia para fazermos uma aliança indissolúvel com Jesus, dizendo-Lhe: “Senhor, minha natureza é débil, e numerosos são os apegos que me prendem à terra. Sei que não alcançarei o Céu por minhas capacidades e, por isso, Vos peço, pela intercessão de vossa Santíssima Mãe: uma vez que Vós me conclamais a ser inteiramente vosso, dai-me forças para chegar até lá!”